segunda-feira, maio 01, 2006

Dia do Trabalhador

No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos EUA. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral e nos dias seguintes ocorreram manifestações violentas que levaram à morte polícias e manifestantes.
A Internacional Socialista decidiu em 1889 convicar anualmente uma manifestação para o 1º de Maio. Este dia foi-se afirmando como um dia de luta para os trabalhadores. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, vários países se seguiram. Por cá só a seguir ao 25 de Abril.
120 depois continuamos a «comemorar» este dia. O mundo mudou. Os trabalhadores conquistaram muitos direitos que reivindicaram ao longo dos tempos. Percebemos hoje (bem, percebe quem quer) que o estado hiper-controlador que criámos na Europa é uma dos nossos travões ao crescimento, que os sindicatos em Portugal só servem para proteger alguns e prejudicar todos os outros, que todas as experiências socialistas ou socializantes fracassaram. E o Dia do Trabalhador continua a ser usado para ouvirmos o PC e o Carvalho da Silva sempre com a mesma conversa e para reavivar velhos ideais fracassados
Não sou contra o 1º de Maio, mas já não há pachorra para a mesma cassete conta o «capitalismo selvagem», a «cartilha neoliberal» e a «cruzada contra a classe trabalhadora». Ao menos façam disto um dia produtivo, ao menos que se trabalhe, já agora.